O som do martelo ainda ecoava na mente de Camila quando ela se levantou da cadeira, sentindo as pernas trêmulas. O salão inteiro parecia em câmera lenta, os olhares se dividindo entre admiração, choque e, principalmente... medo.
Duzentos milhões de euros.
Ela sabia que aquele lance não era apenas dinheiro. Era poder. Era afronta. Era uma declaração clara de que, a partir daquele instante, ela não era mais uma jogadora qualquer no tabuleiro. Ela era, oficialmente, uma ameaça.
Leonardo estava ao lado dela, com o maxilar rígido, o olhar feroz, como se pudesse esmagar qualquer um que ousasse se aproximar. Alexandre, por outro lado, parecia mais relaxado, mas quem o conhecia sabia que, por trás daquele sorriso irônico, o cálculo era frio, exato e absolutamente letal.
— Precisamos sair daqui — disse Leonardo, a voz baixa, controlada, mas carregada de tensão. — Agora.
Camila apenas assentiu. Seu olhar, porém, não conseguia se desgrudar da figura de Rodrigo, que permanecia sentado, imóvel, en