salão inteiro foi tomado por uma energia densa, eletrizante, como se todos ali soubessem que estavam prestes a testemunhar algo muito maior do que um simples leilão de arte.
Camila ajeitou discretamente o colar no pescoço, respirando fundo. Cada detalhe, cada expressão, cada olhar agora poderia ser uma pista... ou uma armadilha.
O mestre de cerimônias, um homem magro, de cabelos brancos impecavelmente penteados, subiu ao palco, batendo levemente o martelo sobre a mesa de madeira nobre.
— Senhoras e senhores... sejam bem-vindos a mais uma noite inesquecível no Château Lumière. — Sua voz era polida, arrastada, quase sedutora. — Hoje, não leiloamos apenas obras de arte. Leiloamos história... e, quem sabe, poder.
Aquelas palavras ecoaram como uma ameaça velada.
Camila sentiu o arrepio percorrer sua coluna. Sabia que, por trás de cada tela, de cada peça aparentemente inofensiva, havia contratos, acordos secretos, códigos bancários ocultos em fundos ilegais e informações capazes de derruba