O elevador subia em silêncio, levando Camila e Leonardo até a cobertura do Hotel Montreux. Cada andar que passava parecia apertar mais o peito dela, como se o ar fosse ficando mais rarefeito, mais pesado.
Leonardo segurava sua mão com força. Não era apenas um gesto de apoio — era uma âncora. Uma promessa silenciosa de que, acontecesse o que fosse, ele estaria ali. Ou, ao menos, queria acreditar nisso.
Quando as portas se abriram, Alexandre já os aguardava, parado em frente às enormes janelas de vidro, que exibiam uma vista impressionante dos Alpes suíços. Mas sua expressão não combinava com a paisagem. Estava tensa, sombria. Ele segurava um copo de uísque, que girava lentamente entre os dedos, como se tentasse achar respostas no líquido âmbar.
— Achei que não viriam. — Sua voz era seca, quase ácida.
— E perder o show? — Leonardo rebateu, com o tom igualmente carregado.
Camila respirou fundo, cruzando os braços.
— Vamos acabar logo com isso, Alexandre. O que você descobriu?
Ele se viro