O relógio marcava 2 da manhã quando Camila finalmente conseguiu se entregar ao sono, exausta demais para resistir. Mas mesmo no silêncio do quarto, a mente não parava: lembranças, dúvidas e promessas disputavam espaço em seu coração.
A casa onde estavam refugiados parecia segura, escondida entre as montanhas, longe do barulho da cidade. Mas para Camila, o perigo não estava no lugar — estava dentro dela. No medo de que tudo o que havia conquistado pudesse desmoronar em questão de segundos.
Leonardo estava ao seu lado, dormindo profundamente, a expressão calma e serena. Ele sempre parecia mais forte quando estava ao seu lado, como se sua presença fosse um escudo invisível contra os fantasmas do passado. Mas ela sabia que ele também tinha seus próprios segredos — segredos que ainda não estavam prontos para dividir.
Acordou com o som de uma batida na porta. O coração disparou. Um suspiro, e ela se levantou, caminhando devagar até a entrada.
— Quem é? — sua voz saiu baixa, mas firme.
— Sou