O silêncio no carro era quase sufocante. Camila olhava fixamente para a mensagem no celular, enquanto Leonardo apertava o volante com tanta força que seus nós dos dedos ficaram brancos. O eco das palavras — "Confie apenas em quem tem sangue de fogo" — não saía da cabeça dela.
— Isso não é só uma ameaça — ela quebrou o silêncio, olhando para ele. — É um aviso. Mas... quem me mandou isso?
Leonardo desviou os olhos da estrada rapidamente, analisando a expressão dela.
— Sangue de fogo... — repetiu em voz baixa, pensativo. — Alguém que quer que você entenda algo. Talvez sobre lealdade. Ou sobre quem você realmente é.
Ela cruzou os braços, respirando fundo.
— E se for mais uma armadilha? E se... tudo isso for só uma distração pra nos afastar do que realmente importa?
Leonardo apertou a mandíbula.
— E se não for? — retrucou. — E se for a única chance que temos de descobrir quem está movendo as peças contra você? Contra nós?
O olhar dele, firme, atravessou a alma de Camila. Ela sabia que, por