O jato particular pousou discretamente em Nice no início da noite. Leonardo cuidou de tudo: transporte, segurança, reservas discretas. Mas Camila sentia que nenhum plano ou aparato seria suficiente para prepará-la para o que estava prestes a enfrentar.
O endereço indicado no extrato suíço ficava na região alta da cidade, longe das áreas turísticas. Um casarão de muros altos, cercado por ciprestes, vigiado por câmeras ocultas e portões eletrônicos. Um santuário de luxo e isolamento. O tipo de refúgio ideal para alguém que vive à sombra do próprio passado.
Leonardo estendeu a mão para Camila quando o carro parou diante do portão principal.
— Pronta?
Ela respirou fundo. O nome de Rodrigo queimava como ferro em brasa em sua mente.
— Não. Mas vamos.
A campainha não soou. Em vez disso, uma voz metálica ecoou por um interfone oculto no pilar.
— Nome?
Camila ergueu o queixo.
— Camila Duarte Monteiro. Filha de Rodrigo.
Houve silêncio do outro lado. Um silêncio pesado. Então, com um estalo seco