Isabela não respondeu. Mas Lorena se aproximou, o veneno na língua pronto para ser cuspido.
— Ele deve ter cansado da sua cara de sonsa né? Dessa pose de "sou melhor que todos aqui".
Isabela se virou lentamente, o rosto sereno. Olhos firmes. Voz baixa e elegante:
— Sabe o que é mais triste, Lorena?
A outra arqueou uma sobrancelha.
— Você achar que o mundo gira em torno de você! Deveria se manter mais ocupada com seu trabalho, e parar de pensar que todo homem se interessa por você, só porque seus peitos são maiores que de outras pessoas ou então investigar melhor as coisas antes de supor.
Lorena apertou os lábios, vermelha. E então, ergueu a mão para esbofeteá-la. A raiva distorcia seus traços.
Mas antes que o golpe alcançasse o rosto de Isabela, uma mão masculina segurou seu pulso — com força.
Kareem.
— Eu não faria isso se fosse você! — disse ele em português, a voz sem emoção, mas com força o suficiente para gelar o sangue.
Lorena tentou se soltar, mas ele não cedeu.
— Kareem... — I