Capítulo 28

A luz atravessava a fresta das cortinas com timidez, tingindo o quarto em tons suaves de âmbar e marfim. O silêncio era quase absoluto, salvo pelo som abafado da cidade já em pleno vapor do lado de fora.

Isabela despertou devagar.

Primeiro veio a respiração — rasa, entrecortada. Depois, o peso no corpo. As coxas doloridas, a barriga baixa tensa, os braços como se tivessem sido puxados por cordas invisíveis durante a noite. O corpo inteiro parecia ter sido usado, moldado, transformado.

E então, os olhos se abriram.

O teto do quarto de Zayn. O cheiro dele no lençol. A marca sutil de onde seu corpo estivera ao lado do dela.

Mas agora... ele não estava mais ali.

O lençol ao lado estava frio.

Ela se moveu com lentidão. Cada músculo parecia reclamar, mas ao mesmo tempo... vibrar. O calor residual da noite ainda latejava sob sua pele. As lembranças vinham em flashes: o sussurro dele ao pé do ouvido, as palavras em árabe, os toques, a firmeza das mãos, o comando em cada movimento, os orgasmos
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