Os meses avançaram em Al-Qadar como páginas viradas com cuidado. Cada dia trazia consigo um novo detalhe, um novo sinal da vida que crescia no ventre de Isabela. Não havia pressa, mas tampouco descanso: a espera pelos trigêmeos se transformara no verdadeiro centro do palácio.
As servas caminhavam pelos corredores com um cuidado incomum, como se o menor ruído pudesse perturbar o equilíbrio daquela gestação. Guardas se mantinham atentos, mas, em seus olhares, havia mais ternura que rigidez. Até os ministros, acostumados ao peso das decisões políticas, baixavam o tom da voz quando falavam diante de Isabela, como se cada palavra devesse ser suave.
Ela, por sua vez, permanecia serena. O corpo sentia o peso, é claro — três vidas exigiam espaço, energia e fôlego — mas os médicos garantiam que tudo seguia dentro do esperado. O parto, no entanto, seria planejado para antes do tempo natural. Precaução, não urgência.
Na biblioteca, Isabela passava horas lendo, ou simplesmente ouvindo as história