O quarto voltou ao volume normal das coisas depois que a equipe saiu: bipes estáveis, o tecido das cortinas roçando discreto, o sussurro da respiração de três recém-nascidos que ainda aprendiam a caber no próprio corpo. Isabela manteve a mão sobre a coberta, como quem guarda fogo. Zayn, sentado ao lado, tinha o olhar de homem que finalmente entendeu a palavra legado.
— Falta nomear o que já é nosso — disse ela, calmo, sem pressa.
— Falta só batizarmos o que Allah já escreveu — respondeu Zayn.
Nos berços, as fitas pensadas por Enzo — azul, dourada, rosa — ainda marcavam os punhos minúsculos. Enzo, ali perto com Lasmih, segurava a pastinha de papelão como um intendente; se dependesse dele, até as nuvens seriam protocoladas.
Amélia entrou conduzida pela própria firmeza. O oxigênio portátil, discreto, pendia no ombro; a mão livre pousou no acrílico de um berço, depois do outro, como quem aprende um alfabeto novo. Sorriu.
— Três caminhos, filha. E todos chegam aqui.
Yasmeen veio logo atrás