Caíque
Eu não sei o que me fez aceitar. Na verdade, sei, sim. Eu ainda não sabia direito como lidar com Mayara, mas o pedido dela foi simples demais para eu recusar, ainda mais se tratando de algo para o nosso filho.
— Oi. Você pode ir buscar o Gustavo na escola hoje? — ela pergunta assim que atendo ao telefone, com a voz tranquila, mas que carregava algo de urgente que eu não soube identificar bem.
— Claro, eu vou. — Não precisei pensar muito para responder.
— Obrigada! — Pude ouvir sua respiração aliviada. — É que estou atrasada com umas coisas aqui, queria terminar antes de ir embora.
— Sem problemas. Se precisar de algo, só pedir.
— Obrigada, Caíque.
Eu estava na rua, tinha acabado de ver algumas casas que estavam sendo alugadas quando Mayara ligou. Aproveito e vou direto até a escola e quando chego, me sinto deslocado momentaneamente. Como ele não sabe que eu viria, decido esperar em frente ao portão fechado. Estar na presença de outros pais, não seria estranho. Se eles não estiv