Não falo de promessa, falo de execução. Estou em campo.
Ethan
Acordei cedo, com o gosto amargo da raiva na boca, como se tivesse bebido um copo inteiro de fel durante a noite. Não conseguia tirar da cabeça a imagem da lancha explodindo, as chamas, os pedaços voando — e a sorte absurda de que nós não estávamos lá. Aquela sensação de quase-morte colada na pele virou combustível. Não dava pra fingir calma. Não dava pra respirar fundo e dizer “foi azar”. Não depois do sorriso daquela mulher, do tom venenoso dela dizendo “eu também estou de férias”. Aquilo não era coincidência. Aquilo era alvo. E eu ia descobrir quem puxou o gatilho.
Comecei pelo óbvio: pedi ao meu segurança para fazer contato com o gerente do hotel. Queria saber exatamente quem embarcou conosco, qual casal subiu no barco depois que nós descemos. A resposta veio rápido — nomes, horários, registros. A polícia local também já tinha material, mas a lente deles era superficial demais; eu queria mais: rastros, responsáveis, dinheiro.
Não sou investigador, mas sei contratar quem é. M