POV BRUNO
Eu não sabia se tinha tomado a decisão certa. Talvez nem encontrasse a Catarina. Seria arrogância demais imaginar que eu teria acertado a ideia dela de olhar um GPS de celular. — Droga, será que ela seguiu mesmo essa trilha? Eu ficava em dúvida, olhando ao redor naquele imenso pasto. A chuva tinha diminuído bastante, e apenas um chuvisco leve caía, o que facilitava meu trabalho. Ao longe, notei uma pequena floresta, um resto de mata. — Vamos, bonitão. Vai valer a pena, vai valer a pena — tentava me encorajar. Se eu encontrasse a Catarina, seria o herói dela. José Eduardo ia ficar mordido de raiva. POV CATARINA Minha mãe estava cozinhando no fogão da nossa antiga casa. Ela não me dizia muita coisa, apenas sorria. — Está frio — comentei. Mas nada dela abrir a boca. Apenas sorria. — Onde está meu casaco, mãe? Nada dela falar comigo.<