POV CATARINA
Quando os brincos caíram da bolsa da Natália, todas ficaram quase perplexas. Todo aquele circo… pra nada.
— Natália, como pôde deixar tudo chegar a esse ponto? — disse meu tio, enfurecido.
— E-eu não sei. Realmente não sei. Juro que não estavam na minha bolsa. Alguém deve ter pegado e colocado ali… Claro, pra me sacanear.
Corine revirou os olhos.
— Ai, garota. Para com isso. Você já tá bem grandinha pra inventar história. Eu avisei que mexer nas coisas da Catarina não era o ideal.
Meu tio veio até mim com uma expressão de arrependimento, mas eu me desvencilhei do toque dele.
— Catarina, não fiz por mal, minha sobrinha.
— Mas duvidou de mim — disse, engolindo algumas lágrimas.
José Eduardo também parecia constrangido.
— Como a gente ia saber? — falou ele.
Eu me sentei na cama.
— Saiam. Saiam todos do meu quarto — pedi.
— Catarina, ouça meu pai. Não fizemos por mal! — tentou intervir José Eduardo mais uma vez.
— Acho melhor deixarmos a menina quieta — sugeriu Corine. — Aman