POV CATARINA
Tio Nestor me contou que a infância dele e da minha mãe tinha sido ótima até chegarem à adolescência. Foi nesse tempo que minha mãe se apaixonou por um empregado da fazenda. Um capataz.— Meu pai (seu avô), era um homem muito rígido.— Era só porque meu pai era pobre, tio? Por isso não aceitou o namoro da minha mãe com ele?— A princípio todos pensamos isso. Inclusive sua mãe batia nessa tecla. Mas com o tempo percebemos que meu pai tinha razão. Que a intuição do seu avô estava certa, infelizmente.— Eu sei, tio. Eu sei. Meu pai nos abandonou.— Pois é, minha filha. Nós avisamos sua mãe que ele não era boa gente. Seu avô colocou uma série de detetives na cola do seu pai. Descobriu que ele já tinha outra família e tinha algumas passagens na polícia por estelionato.— Tio do céu, jura? Eu nunca soube disso! — me espantava com as revelações.— Sim, infelizmente. Aí, quando meu pai ficou sabendo dessa v