POV CATARINA
Eu conheci Mierra no banheiro da faculdade.
Ela foi tão gentil naquele dia em que José Eduardo simplesmente me expulsou da vida dele para voltar com Júlia.
Eu estava aos prantos e ela me ofereceu o ombro. A conexão foi instantânea. Passei a confiar demais nela.
Foi até Mierra quem me ajudou a conseguir o teste de DNA que o tio Nestor tinha mandado fazer de mim.
Como eu poderia imaginar que aquela garota doce se revelaria tão perigosa?
Que me atacaria dentro da minha própria casa… diante de um sequestro?
— Onde estou? — perguntei, abrindo os olhos com dificuldade.
Minha garganta ardia por causa do clorofórmio que Mierra tinha usado para me desacordar.
— Ah… se não é a bela adormecida. — disse a voz que eu logo reconheci.
Olhei ao redor: estava dentro de um galpão imenso, frio, sujo e com cheiro de mofo.
Meus braços e pernas estavam presos à cadeira com fita cinza.
— Mierra… — murmurei cansada — Você precisa me explicar isso.
— Catarina, eu juro que nunca quis que as coisas