Knox não se moveu quando a gente parou no estacionamento do hospital.
Os dedos dele continuaram agarrados com força ao volante, o olhar fixo à frente. O motor já estava desligado, mas o corpo dele ainda parecia acelerado. A tensão nos braços dele era visível, vibrando sob as mangas arregaçadas. Até os pequenos vincos ao redor dos olhos dele pareciam mais fundos.
Eu soltei o cinto e olhei pra ele.
— Você não vai entrar?
Ele balançou a cabeça uma vez.
— Não. Tenho umas coisas pra resolver.
— Coisas de trabalho?
— Uhum.
Eu não insisti. Só me inclinei e dei um beijo na bochecha dele. Mas, no momento em que comecei a me afastar, a mão dele subiu, enroscou nos meus cabelos e me puxou de volta.
A boca dele veio com tudo na minha — quente, áspera, possessiva. Os dentes morderam meu lábio de baixo, só pra arder, e a língua veio logo depois, acalmando. Eu gemi, rendida ao calor daquele beijo, os dedos se fechando na camisa dele.
Quando ele me soltou, eu estava ofegante. Desnorteada.
Ele não falo