Corri até ela e envolvi meus braços em torno dos ombros dela. Ela estava mais magra do que eu lembrava, mas ainda transmitia aquela presença sólida de sempre. O perfume familiar de gardênia misturado com algo amadeirado invadiu meus sentidos.
— Calma aí, minha filha. — Ela disse, rindo. — A vovó já não é mais tão forte quanto na época em que você se jogava em cima dela.
Me afastei, sorrindo sem graça.
— É você mesmo?
— Ué, sua vista tá piorando?
— De jeito nenhum. Meus olhos são perfeitos.
Ela sorriu de canto e olhou por cima do meu ombro.
— Já vi que estão ótimos. E esse jovem bonito aí, quem é?
Olhei pra trás. Knox estava parado na porta da boutique, parecendo inocente demais pra quem tinha acabado de gastar milhares de reais em roupa como se fosse pãozinho na padaria.
Peguei o braço da minha avó e a levei até ele.
— Vó, esse é o Knox, meu namorado. Knox, essa é minha avó, June Mercer.
Knox passou todas as sacolas para uma mão só e estendeu a outra.
— Muito prazer, June.
Ela apertou