Eu fiquei encarando Finn, ainda sem acreditar que ele tinha reduzido o que eu e Knox tínhamos a só sexo.
Ele manteve o olhar, como se esperasse que eu concordasse, como se tivesse dito algo racional. Como se o que tinha acabado de sair da boca dele não fosse pura manipulação emocional, um absurdo total.
— Você só pode estar brincando comigo.
Ele não respondeu. Só continuou me olhando, o rosto tenso, os olhos cansados, um desespero estranho grudado nele como névoa.
— Você enlouqueceu? — Perguntei.
— Eu? Por que eu sou o louco aqui, se quem tá pensando com a bunda é você?
Minha mandíbula caiu.
— Se o problema era sexo. — Ele continuou, no mesmo tom monótono e irônico. — Era só pedir. Eu sou seu amigo. Teria te ajudado, sabia?
Cada frase era pior que a anterior. Eu nem conseguia responder à altura. A raiva subia em ondas quentes pela minha espinha, o pulso martelando nas têmporas.
— Sabe, Finn. — Falei devagar. — Eu vim aqui hoje porque estava me sentindo culpada. Fiquei mal por te deixar