Os olhos de Soraya queimavam nos de Knox, mais de incredulidade do que de dor. Então ela se virou, pegou a bolsa no sofá e remexeu lá dentro, tirou o chaveiro e jogou em direção à mesa.
O metal bateu na madeira fazendo barulho.
— Você sabe onde me encontrar quando cair na real. — Ela disse, marchando até a porta.
— Não esquece os papéis. — Knox gritou atrás dela.
Ela não respondeu. A porta bateu tão forte que as paredes tremeram.
Knox finalmente me soltou e, quando o calor dos braços dele sumiu, eu me virei, ajeitando a camisa no corpo. Não encarei ele de imediato. Estava ocupada demais tentando me controlar. Depois, fui até o sofá e sentei.
— Não sabia que você era tão forte assim. — Ele comentou depois de um momento. — Onde você esconde esses músculos?
Lancei um olhar atravessado.
— Não tem graça, Knox. Você precisa resolver isso com ela.
— Eu vou resolver. Dei um prazo pra ela.
— Você sabe muito bem que ela não vai assinar esses papéis até lá.
Ele veio até mim e sentou ao meu lado,