Silêncios que Falam
A noite caiu lentamente sobre o sítio.
A luz alaranjada do pôr do sol refletia nos vidros das janelas, projetando sombras longas no chão de madeira da sala.
Um leve vento entrava pelas frestas, carregando o aroma da terra molhada e das flores recém-plantadas.
A lareira crepitava, preenchendo o ambiente com um calor suave que contrastava com o frio crescente da noite.
Brenda dormia profundamente no quarto, envolta em seus cobertores, com os cachinhos caindo sobre a testa e o pequeno peito subindo e descendo de maneira ritmada e tranquila.
Clara estava sentada na poltrona, abraçada a uma almofada, olhando para a lareira, perdida em pensamentos.
O silêncio preenchia o espaço, mas não era vazio, havia um peso de emoções não ditas, de sentimentos que precisavam ser reconhecidos sem pressa.
Eu me sentei no sofá em frente a ela, observando o movimento do fogo e tentando entender a complexidade do que estávamos vivendo.
Clara virou o rosto na minha direção, e nosso