A primeira coisa que Isabella sentiu ao acordar foi o silêncio.
Não o silêncio vazio do seu antigo apartamento, mas um silêncio denso, quente, preenchido pela respiração lenta e profunda do homem que a segurava. A luz da manhã de São Paulo filtrava-se pelas janelas panorâmicas, envolvendo o quarto numa aura dourada e suave. Ela estava aninhada contra o peito de Pedro, o braço dele pesado e possessivo sobre a sua cintura, a perna dele entrelaçada na sua. O cheiro dele – uma mistura de poder, da pele dele e do almíscar da paixão deles – era o ar que ela respirava.
Ela moveu-se lentamente, o corpo deliciosamente dorido, cada músculo um lembrete da reivindicação brutal e completa da noite anterior. Ele não a tinha apenas possuído; tinha-a reescrito, deixando a sua marca em cada célula dela.
Ele já estava acordado. Ela sentiu os olhos dele nela antes mesmo de os abrir. Quando o fez, encontrou o seu olhar, desprovido de qualquer máscara. Não havia CEO, nem rei. Apenas um homem a observar