O despertador tocou às cinco da manhã, um som estridente que rasgou o silêncio do pequeno apartamento. Para Isabella, soou como o sino de um ringue de luta. Ela mal dormira, a mente a milhão, repassando a cena no escritório de Pedro, o peso do contrato em sua mesa de cabeceira parecendo afundar a madeira. Salvação ou perdição? Hoje, ela começaria a descobrir.Às seis e cinquenta, ela atravessou as portas de vidro da Montenegro Corp. O saguão, que ontem parecia apenas luxuoso, hoje parecia um campo inimigo silencioso. O segurança noturno a olhou com surpresa, mas seu novo crachá de acesso a levou sem problemas até o elevador privativo que subia direto para o 12º andar.As portas se abriram no mesmo hall de mármore, mas agora, no silêncio da manhã, ele parecia ainda maior, mais vazio. O escritório de Pedro estava escuro, a cidade de São Paulo começando a despertar lá fora, um tapete de luzes trêmulas. O caos prometido por ele não era um exagero. A mesa da assistente, que agora era sua m
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