O silêncio dentro do carro era ensurdecedor. Nenhuma palavra, nenhuma música. Apenas o ronco contínuo do motor e os pensamentos fervilhando na mente de Giovanni como uma tempestade prestes a explodir. O couro do assento rangia sob o peso de seu corpo tenso, enquanto os dedos tamborilavam no apoio de braço com uma impaciência que só aumentava.
A raiva ainda estava ali, pulsando sob sua pele. Mas não era dela, era dele. Ele não deveria ter olhado para trás, mas olhou.
Viu Sophia se afastando pelos corredores do clube, os passos apressados, o sobretudo apertado contra o corpo como uma armadura mal colocada. Os cabelos ainda emaranhados da madrugada de prazer. As marcas dele ainda estão frescas na sua pele.
E ali, por um instante, algo dentro dele cedeu. Trincou e isso o deixou furioso.
Maldita seja.
Maldito seja você, Giovanni.
A lembrança dela em seus braços o torturava. O jeito como gemeu seu nome, como o corpo dela se curvava de prazer, como se moldava ao seu ritmo. O olhar úmido e p