Giovanni Bianchi
A porta do banheiro se fechou atrás de mim com um clique suave, abafando os sons do quarto, abafando o som do gemido de Sophia ainda ecoando na minha cabeça.
Apoiei as mãos na pia de mármore, respirei fundo, tentando recuperar o controle. Mas não adiantava. Eu ainda sentia o corpo dela. Sentia o calor úmido que me envolveu como um convite infernal, os gemidos desesperados que ela tentou conter e falhou. E, acima de tudo, a forma como ela se entregou.
Inferno.
Minha pele ainda ardia, o corpo tenso, como se estivesse à beira de algo que eu não conseguia controlar e isso me irritava. Eu nunca perdia o controle, jamais.
Mas ela… Ela me incendiava.
Olhei a minha imagem no espelho. Os cabelos assanhados, o corpo tatuado cobrindo marcas de um passado que eu procuro esquecer. Fechei os olhos, deixando a água fria correr entre os dedos. Eu precisava apagar o fogo, pelo menos por fora. Porque por dentro, era tarde demais. Sophia havia me marcado. Não apenas com o corpo que eu