Sophia Romano
As palavras dele ainda ecoavam no ar, promessas roucas que se entranharam na minha pele como tatuagens invisíveis.
“Boas meninas corajosas… merecem ser recompensadas.”
Não sei quanto tempo se passou desde que ele disse isso. Minutos? Horas? Ou apenas segundos? Não importa. Porque quando Giovanni fala, o tempo para. O mundo se curva ao redor dele. E eu… eu me desfaço.
Meu corpo ainda estava marcado. As palmas dele haviam deixado mais do que vermelhidões; haviam deixado rastros de fogo, de desejo, de submissão. E o pior de tudo?
Eu queria mais.
Eu estava ajoelhada na cama, os joelhos cravados no colchão macio, os punhos apertando os lençóis como se aquilo fosse me manter sã. Minha respiração estava ofegante, meu coração? Era como um tambor que pulsava enlouquecido dentro do peito.
— Está pronta? — ele perguntou, com aquela voz que era puro pecado.
Assenti, mas minha voz não saiu. Só consegui baixar a cabeça, expor ainda mais a curva da minha nuca para ele, como uma oferend