A porta da cobertura se abriu com força. O som do impacto ecoou pelas paredes de mármore como um trovão seco, fazendo tremer os quadros pendurados no hall. Giovanni entrou como uma tempestade. Os passos pesados, o maxilar travado, o paletó jogado sobre a poltrona da entrada. Os olhos, negros e perigosos, estavam incendiados de algo que ele sempre acreditou dominar: controle.
Mas não havia controle naquela noite. Não depois do que viu. Não depois de vê-la sorrindo para outro.
Sophia… A única mulher que o desestabilizou. A única que ousou partir. E que agora… sorria para outro homem como se ele nunca tivesse existido.
Giovanni cruzou a sala com a fúria silenciosa de um predador. Tirou a gravata com um puxão. Abriu os primeiros botões da camisa, os sapatos foram chutados em direções opostas. Mas nada, absolutamente nada, aliviava o nó em seu peito.
Chegou ao bar da sala de estar, um móvel de ébano e cristal e puxou a garrafa de uísque sem sequer olhar qual era. Encheu o copo generosamen