O silêncio dentro da suíte era ensurdecedor. Denso, quase sólido.
Era o tipo de silêncio que não nasce da paz, mas da guerra. Um campo minado prestes a explodir.
Giovanni terminava de ajustar a gravata diante do espelho, os movimentos impecáveis, quase cirúrgicos. Cada botão abotoado era mais uma camada de frieza sobre a pele quente de um homem em colapso.
Seu rosto refletido era uma máscara: o terno escuro, os cabelos perfeitamente penteados, o olhar calculado. Mas havia algo por trás daquela fachada. Uma rachadura no vidro, um tremor discreto na linha do maxilar, uma sombra nos olhos.
Sophia o observava do outro lado do quarto, parada como se sua presença f