A madrugada envolvia a cidade como um manto pesado, sufocante. Giovanni abriu os olhos de súbito, o peito arfando, o suor frio escorrendo por sua nuca.
A escuridão do quarto parecia viva, densa, apertando-se contra a sua pele. Ao seu lado, Sophia dormia profundamente. Seu corpo pequeno e delicado aninhado sob os lençóis, o rosto sereno, uma mecha dos cabelos negros espalhados pela travesseiro branca.
Ela parecia tão frágil. Tão intocável. Tão… pura.
Giovanni virou o rosto, incapaz de continuar olhando para ela. Aquela visão, em vez de aquecê-lo, o rasgava por dentro. Ele não podia amar Sophia, não devia.
O amor era uma mentira cruel, uma armadilha suja criada para destruir homens como ele. Ele sabia. Já havia sido qu