Sophia ainda acariciava os cabelos de Hanna, como se quisesse garantir que ela estava mesmo ali, respirando, viva e bem, quando sentiu o olhar curioso da irmãzinha desviando para a porta do quarto.
Hanna apertou a mão da irmã e sussurrou, com um sorriso maroto brincando em seus lábios pálidos:
— Sophi… — chamou baixinho. — Quem é aquele moço bonito?
O coração de Sophia congelou por um instante. Seguiu o olhar da pequena e encontrou Giovanni, encostado na parede do quarto, como uma estátua de mármore. As mãos enfiadas nos bolsos do terno impecável, o rosto numa máscara fria de sempre… mas os olhos, oh, os olhos o traíam.
Eles estavam cravados em Hanna, azuis, intensos, e havia neles uma vulnerabilidade crua que ela nunca tinha visto antes.
Sophia corou violentamente.
— Ele é… — tentou responder, a voz embargada. — É um amigo, Hanna.
Mas Hanna, astuta como só uma criança poderia ser, franziu o nariz e soltou uma risadinha fraca:
— Amigo nada! — zombou, divertida. — Você tá com cara de q