O saguão do aeroporto internacional fervilhava com o som das rodas das malas girando, vozes misturadas em diversos idiomas e o burburinho constante de partidas e chegadas. Painéis digitais piscavam com horários de voos, enquanto passageiros se despediam apressados ou se abraçavam em reencontros emocionados. Mas, naquele canto específico da sala de espera, próximo às grandes janelas envidraçadas, o tempo parecia ter suspendido sua pressa.
Sentada em um dos confortáveis bancos acolchoados, Antonella embalava Nora com uma delicadeza que só as tias pareciam dominar. Ao seu lado estavam Blanca e Isabella, conversando em sussurros, mas com os olhos sempre atentos à bebê.
Nora, agora com oito meses, usava um vestidinho de lã rosa claro que realçava o tom suave da pele. As meias grossas cobriam os pezinhos que chutavam o ar vez ou outra com energia, e o gorro branco com orelhinhas de coelho emoldurava seu rostinho de bochechas redondas, parecendo tirada de um conto de fadas.
Seus olhos azuis