A brisa do fim da tarde entrava pela janela aberta, trazendo consigo o cheiro suave de mar e liberdade. A casa era simples, de madeira clara, com janelas grandes e cortinas brancas que dançavam ao vento. Nada de câmeras, nada de luzes artificiais, nada de roteiros pré-escritos. Era apenas o mundo real — e eles.
Laura se sentou na pequena varanda, uma xícara de chá nas mãos e os cabelos soltos, ainda molhados do banho. Ao fundo, ouvia Apollo cantando baixinho na cozinha, desafinado e feliz. Era o som mais bonito que ela podia imaginar.Depois de tudo o que viveram, os dois haviam decidido se afastar de tudo por um tempo. Longe da cidade, longe das lembranças escuras, longe do caos. Alugaram aquela casa próxima à costa, um vilarejo esquecido pelo tempo onde ninguém os conhecia.— Está queimando a água de novo? — ela perguntou em tom de brincadeira, ao ver uma pequena fumaça se espalhando da janela da cozinha.Apollo apareceu com um avental desajeita