O silêncio era ensurdecedor.
Laura abriu os olhos devagar, sentindo a pele arranhada, os músculos tensionados e o coração pulsando como um tambor desgovernado. As paredes ao redor pareciam de concreto, pintadas de preto fosco, com uma única câmera no canto superior esquerdo, piscando uma luz vermelha intermitente.Do outro lado da sala, uma tela se acendeu.A imagem de Christian, sorridente, apareceu. Atrás dele, um estúdio cinematográfico repleto de luzes e equipamentos. Mas aquilo não era ficção — era a mais pura perversão da arte.— Bom dia, Laura — disse ele, a voz grave, afetada. — Dormiu bem? Aposto que não tão bem quanto eu. Sonhei com o grande final.Laura não respondeu. Só o encarou com raiva, tentando esconder o medo que insistia em transbordar pelos olhos.— Sabe, eu admirei você desde o início — ele continuou, inclinando a cabeça. — Você tem aquela intensidade nos olhos... aquele brilho que não se compra. Mas deixou i