O saguão da pequena livraria de esquina estava lotado. Era uma tarde chuvosa, mas isso não impediu que dezenas de leitores se reunissem ali, com livros apertados contra o peito e olhos brilhando de expectativa.
Laura estava nervosa. Muito mais do que imaginava. As mãos suavam, o coração disparava, e, apesar do sorriso no rosto, por dentro ela revivia cada página do livro que escreveu com a alma — páginas que agora eram do mundo.Apollo segurava sua mão, firme e sereno.— É só você sendo você. Como sempre foi. E olha só... — ele apontou para a fila de pessoas, ansiosas para abraçá-la — … eles já te amam.Ela inspirou fundo. Sabia que aquele momento não era apenas sobre um lançamento. Era sobre vencer o medo, sobre transformar dor em arte e, principalmente, sobre se permitir brilhar sem culpa.---— E o que você mais aprendeu ao escrever esse livro? — perguntou a repórter, enquanto os flashes disparavam ao redor.Laur