Capítulo 52

Os dias se alongaram como sombras, e o tempo, antes dividido em plantões e cirurgias, agora era marcado pelos horários da medicação, pelas visitas permitidas, pelas batidas intermitentes dos aparelhos monitorando o corpo de Helena.

Rafael já não sabia mais qual dia da semana era. A luz do sol entrava pela janela do quarto como um intruso indiferente. Ele só sabia que Helena ainda dormia.

E que cada segundo sem ela era um tormento.

Ele não atendia ligações. Não respondia mensagens. Os colegas do hospital tentavam continuar a rotina, mas todos sentiam o buraco que a ausência de Rafael e Helena deixava. Clara passava todos os dias para tentar convencê-lo a comer, a dormir algumas horas. Às vezes ele aceitava. Na maioria das vezes, não.

Na terceira noite, Rafael viu algo.

O dedo mínimo da mão direita dela se moveu.

Foi como um raio atravessando seu peito. Ele gritou por uma enfermeira, médicos correram, fizeram exames. O movimento nã
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