A sirene da emergência cortou o hospital como um trovão.
Todos os profissionais do plantão se mobilizaram instantaneamente.
Helena largou os papéis que preenchia na estação de enfermagem e correu para a sala de trauma.
— Acidente grave na rodovia — informou um dos paramédicos. — Dois adultos, múltiplas fraturas e possível hemorragia interna.
Helena nem teve tempo de respirar antes de ouvir a voz que ainda provocava arrepios em sua pele:
— Ferreira, venha comigo — ordenou Rafael, já de luvas e máscara.
Por instinto, ela obedeceu, os passos acelerados tentando acompanhar os dele.
As luzes frias do hospital piscavam enquanto a tensão aumentava no ar como uma tempestade prestes a explodir.
O paciente era um homem jovem, inconsciente, com ferimentos graves no tórax e na perna esquerda. O sangue escorria pela maca, tingindo os lençóis de vermelho escuro.
— Preciso de acesso venoso agora! — Rafael gritou para a eq