Já fui chamada de estúpida, ignorante, louca, perdida, incompetente, cruel e ordinária — isso sem contar os inúmeros “apelidos carinhosos” que colecionei ao longo dos anos.
Mas nenhum me atingiu tanto quanto quando Maroto, anos atrás, disse que eu só servia para ser a sua puta.
Dói até hoje.
Por mais que eu tente negar, uma parte minha ainda quer voltar no tempo e corrigir meus erros.
Talvez ficar noiva do herdeiro de uma máfia e me deitar com um membro de outra não seja exatamente a maneira certa de conquistar respeito entre esses tipos de homens.
Mas eu era jovem, ingênua.
Acreditei no amor.
Esperava por um amor.
Leonardo nunca foi o homem dos meus sonhos.
Sim, ele é mais bonito que Maroto, mais rico, mais poderoso. Mas nunca despertou nada em mim — mesmo fazendo todos os meus gostos.
Leonardo foi apenas a ponte que me levou a cometer todas as burrices que poderia cometer.
Então, se todos acreditam que sou o caos em forma humana… por que não ser?
Enrolo-me na toalha e saio do banhei