Setenta e sete horas.
E nada. Nenhuma pista, nenhuma ameaça, nenhum recado ou assinatura.
Isso... isso é o que mais me deixa louco.
Se ao menos houvesse um nome, um rosto, um maldito vestígio. Algo que eu pudesse esmagar com as próprias mãos, algo para perseguir, torturar, destruir. Mas não. O desgraçado que fez isso sabia exatamente o que estava fazendo.
Silêncio também mata.
Meus homens estão nas ruas. As câmeras foram puxadas. Cruzamos ligações, redes, rastros. Mas quanto mais procuramos, mais nos afundamos num vazio que parece cuspir de volta a mesma resposta: nada.
A impotência sobe pela minha garganta feito veneno. E eu odeio. Odeio cada parte desse sentimento. Odeio não saber. Odeio o que estou me tornando por causa disso.
Última informação: Long também desapareceu.
E essa era uma das minhas desconfianças. Mas Zael esteve pessoalmente com um dos homens considerados braço direito dele — e o cara parecia tão perdido quanto nós. Pediu ajuda. Disse que está tentando encontrar Long