Zael chegou em Chicago cerca de cinco horas após o telefonema de Rodolfo.
O que eu tentei fazer por dias, os Gambinos conseguiram em horas: uma audiência com ele. E como se não bastasse, Zael não veio sozinho. Junto dele estava o mesmo homem da outra vez — Miller, e o mesmo desconforto voltou a se instalar no meu estômago.
Não confio nesse cara.
Estávamos todos reunidos na cobertura do hotel onde Alexander estava hospedado.
Documentos estavam espalhados sobre a mesa de centro, taças vazias, copos com café já frio, e uma tensão tão densa que quase se podia cortar com uma faca. E, por incrível que pareça, até a esposa de Rodolfo foi arrastada para esse caos... não por vontade própria, claro.
Zael só concordou em aparecer se ela estivesse presente.
Engoli um copo d’água inteiro de uma vez. A cabeça latejava como uma sirene pedindo passagem. O estômago vazio já havia deixado de doer. Só o cansaço… era como areia arranhando por dentro.
E não era só eu que estava à beira do colapso. Alexa