Me mexo, ainda entre o torpor do sono e a consciência, e sinto os braços firmes ao redor da minha cintura. Um corpo quente, grande, colado ao meu. Pressionando. Envolvendo. Prendendo.
Tento me afastar.
Um puxão me arrasta de volta.
Sinto seu peito contra minhas costas, a pele nua contra a minha. Não há barreiras. Não há espaço.
Ele está nu. E eu… também.
Viro-me devagar me encaixando nele. Seu calor me envolve me mantendo viva, aquecida e de certa forma grata.
Uma lufada de ar quente roça minha pele — uma risada contida.
Abro os olhos, aos poucos.
As pálpebras ainda pesadas, a mente submersa na noite anterior.
Mas os olhos acinzentados me puxam de volta à superfície. Leonardo me observa com a mesma fome de antes — mas agora há algo mais… suave.
— Como se sente?
Ele beija meus cabelos, apertando-me ainda mais contra seu corpo duro e… gostoso.
— Me sinto em paz.
Por mais louco que pareça, estou em paz por ter dormido e acordado ao lado dele.
— Faça suas malas. Vou te levar