TXK autorizou a audiência. Não poderia se esquivar, não agora.
Quando a porta selou-se atrás dela, o silêncio foi mais eloquente do que qualquer palavra. JK-20 entrou com aquele andar calculado, os olhos fixos nele como quem já conhecia todas as respostas, mas aguardava para ver qual ele ousaria pronunciar.
Ela não disse nada de imediato. Apenas se posicionou à frente da interface tática, onde, minutos antes, ele decidira seu destino.
TXK quebrou o silêncio, a voz controlada, mas marcada por uma tensão visceral.
— Você sabe que sua presença aqui altera tudo.
JK-20 inclinou levemente a cabeça, um gesto que poderia ser lido como desafio ou compaixão. Talvez ambos.
— Eu sei… e por isso estou aqui. Não vim negociar. Vim esclarecer.
TXK permaneceu imóvel, mas os sensores de sua interface registravam as microflutuações do seu pulso interno, acelerado.
Ela prosseguiu, aproximando-se um passo, o suficiente para que o campo energético do console os envolvesse em privacidade absoluta.
—