TXK a encontrou nas plataformas de manutenção, onde os núcleos de carga emitiam um zumbido constante, abafando os passos e pensamentos. JK-20 estava de costas, diante de uma das janelas de observação do mar profundo, como se o mundo além da colônia pudesse lhe responder.
Ele parou a poucos metros.
“Você sabia que estavam me rastreando”, disse ele, sem rodeios.
Ela não se virou. Sua voz veio baixa, translúcida.
“E mesmo assim veio.”
“Não vim como comandante.”
Agora ela se virou.
“Então veio como o quê?”
Ele hesitou. As palavras pareciam frágeis diante dela. Mas havia ensaiado aquilo. Precisava entender, precisava ir até o limite da mentira — ou da verdade.
“Como alguém que quer entender o que havia antes. E o que você está tentando fazer renascer.”
Ela o analisou em silêncio, como quem decifra padrões ocultos na respiração de um predador. Não sorriu. Mas algo em seus olhos relaxou. Ela se aproximou, lentamente, sem pressa.
“Você não acredita em mim.”
“Não posso.”
“Mas quer.”
Ele assent