As águas do abismo engoliam tudo.
Profundas. Negras. Intocáveis.
Ali, onde nem a luz ousava existir, a base Nêmesis recolhia seus tentáculos, recuando como um organismo vivo ferido. Suas perdas… irreparáveis.
Não apenas em material, não apenas em códigos genéticos, mas em algo mais valioso: o controle.
Eles não dominavam mais o tabuleiro.
Pela primeira vez em eras, reconheceram. A engenharia biotecnológica da superfície, os avanços dos desertores, dos híbridos, dos renegados… superavam qualquer projeção estatística da Nêmesis.
Eles perderam.
E no silêncio líquido do abismo, a decisão era uma só: recuar.
Não emergiriam mais até que um novo plano, sólido, perfeito, fosse arquitetado.
Até lá… a Terra poderia respirar.
Mas não por muito tempo.
No laboratório oculto do Setor Ye, AURA-7 olhava para suas próprias mãos.
Pela primeira vez… aquilo fazia sentido.
O toque. A textura. O calor.
Ela não era mais só metal.
Os dedos correram pela superfície de uma fruta semi-biológica,