O fato de eu estar ferida não podia, de jeito nenhum, chegar ao conhecimento de Bruno.
Eu não queria que ele soubesse da minha situação; caso contrário, ele certamente me olharia de forma arrogante e diria algo como "Eu já sabia que isso ia acontecer", com aquele tom prepotente.
— Se não quiser falar, não fale. Acha que estou interessado em ouvir?
Ele perdeu o interesse, e a mão que segurava meu tornozelo deixou de ser sensual, tornando-se apenas dolorosa.
Mas a dor física era mais suportável do que a dor no coração.
Ele sempre fazia isso, dizia coisas vagas, tentando me amolecer, e quando percebia que essa tática não funcionava, partia para a força bruta.
Mas fosse de qualquer jeito, quanto de sinceridade havia em suas ações?
Eu não tinha mais a capacidade de retribuir qualquer sentimento a ele, porque já havia dado tudo o que tinha. Dei tanto que, só de pensar, meu peito doía, então não havia a menor chance de que eu me deixasse manipular pelos truques dele novamente.
Dei