Karina arregalou os olhos, não conseguindo acreditar que eu estivesse dizendo coisas tão diretas e cruéis para ela.
Eu realmente não me importava. Sem esperar que ela falasse, continuei:
— Eu te deixei entrar na minha empresa porque senti pena de você.
Eu observava o rosto dela enquanto falava, e pude ver que ela estava tão furiosa que tremia. De fato, ser desprezada por uma pessoa mais jovem como eu devia ser uma experiência inédita para ela.
— O Grupo Oliveira, apesar de não ser tão poderoso quanto o Grupo Henriques, ainda pode te dar algo que o Grupo Henriques não te oferece. Se você se comportar direitinho, posso até te manter por toda a vida, isso como uma forma de retribuir os anos em que fomos família. — Olhei fixamente para ela, meu rosto se tornando sério e meu tom firme. — Mas é só isso, e nada mais!
Karina imediatamente fechou a expressão.
— Ana, ao ouvir essas palavras, fico me perguntando se elas podem ser chamadas de boas... Eu não fui desrespeitosa com você, fui? Embora