capítulo 48, Medo, ansiedade e aflição.
(Lua )
Não consegui dormir naquela noite de tanto medo, ansiedade e aflição.
Virei de um lado para o outro na cama, mas cada vez que fechava os olhos, o rosto dela surgia diante de mim como uma sombra insistente. Aquela falsa fragilidade, aquelas lágrimas cuidadosamente calculadas, o jeito estudado com que pronunciava o nome da Sol… como se tivesse algum direito sobre a minha filha.
Era sufocante.
Quanto mais eu tentava me convencer de que estava segura, mais meu peito se apertava. A sensação era de que o ar rareava, como se o próprio quarto encolhesse ao meu redor.
Cláudia.
Só de pensar nela tão perto da Sol, meu estômago embrulhava. Eduardo podia não perceber ainda, mas eu conhecia aquela mulher melhor do que ele imaginava. Eu sabia do que ela era capaz. Cláudia não era uma mãe enlutada em busca de redenção. Não. Era amarga, manipuladora, acostumada a usar a dor como desculpa para ser cruel.
E agora… estava tão perto.
Levantei, incapaz de permanecer deitada. Passei a andar de um lad