Capítulo 9 Ela me surpreende.
(Eduardo Duarte Galvão)
Eu sempre acreditei que conhecia as pessoas de imediato. Bastava um olhar, uma postura, uma resposta atravessada, e eu já sabia quem estava diante de mim. Esse era um dom que me serviu muito bem nos negócios — separar os fortes dos fracos, os confiáveis dos aproveitadores.
Mas com Lua... algo me confundia.
Quando eu tive a ideia trazê-la a Nova York, meu objetivo era claro: observar. Eu queria testar seus limites, ver se ela poderia realmente ser a candidata perfeita para o que eu tinha em mente. Um casamento por contrato exigia uma parceira resistente, inteligente, capaz de lidar com minha vida e minhas exigências.
No entanto, desde o momento em que vi aquela mulher acalmar a filha durante o voo, meu plano começou a se embaralhar. Ela tinha uma força diferente. Não era agressiva, não era calculista. Era pura, ela era doce, instintiva, nascida do amor pela filha. E isso... me desarmava.
Não gostei da sensação. Eu não gosto de perder o controle.
O carro q