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Capítulo 87 Eu quero que a justiça seja feita.

(Visão de Eduardo)

O som das sirenes ainda ecoava na minha cabeça. Mesmo depois de horas, eu sentia o gosto metálico do sangue na boca — não era o meu, era o da raiva.

Raiva por tudo o que aquele homem, Thiago, havia feito.

Por ter sequestrado Alyce, por ter ferido a Lua, por ter ameaçado o que eu mais amava no mundo.

Agora, eu estava ali, parado no corredor do hospital, com o braço enfaixado e o coração despedaçado, observando os médicos correrem com macas e prontuários.

Cada passo que eu dava fazia ecoar um pensamento: ele ainda está vivo.

O detetive Matthew veio ao meu encontro, segurando uma prancheta.

— Ele entrou em estado crítico — disse, direto, sem rodeios. — A bala pegou perto da carótida. Está entre a vida e a morte.

Eu fechei os punhos. — Ele não vai morrer.

Matthew franziu o cenho. — Eduardo, com todo respeito… esse cara quase destruiu sua família.

— Eu sei. — Minha voz saiu rouca, quebrada. — Mas morrer é pouco. Eu quero que ele sinta cada segundo do que fez. Que acorde,
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