Capítulo 80 Entre caça e armadilhas.
– Eduardo
Há momentos em que o mundo inteiro parece girar mais rápido do que você pode acompanhar.
E o meu mundo girava em torno de um nome: Alyce.
O relógio marcava quase meia-noite.
O quarto estava escuro, exceto pela luz amarelada da luminária sobre a mesa.
Matthew espalhou mapas e dispositivos eletrônicos sobre o tampo, enquanto eu andava de um lado para o outro, incapaz de ficar parado.
Do outro lado da porta, eu ouvia Lua chorar baixinho.
E o som dela era pior do que qualquer tortura.
Ela tentava acalmar Sol, que chorava pela amiga desaparecida.
Quelo a Alyce, papai! Quelo ela agora!”, tinha dito minutos antes, entre soluços e desespero.
Cada palavra dela me dilacerava.
Amber estava sentada no sofá, imóvel, o rosto pálido, os olhos fixos no chão.
Parecia um fantasma.
Eu ainda não sabia se queria agradecê-la por contar a verdade ou gritar com ela por ter demorado tanto.
Matthew ajustou um pequeno rastreador na mesa.
— Vamos precisar esperar a ligação deles — disse ele. — É o únic