Capítulo 138 renascimento.
— Visão de Amber
O tempo parou no instante em que levaram meu filho para longe de mim.
Não houve barulho. Não houve anúncio. Só o som da incubadora sendo empurrada pelo corredor e o eco do meu próprio coração batendo alto demais dentro do peito.
Victor.
Meu menino. Meu pequeno milagre.
Eu fiquei ali, parada, com as mãos vazias, sentindo como se alguém tivesse arrancado um pedaço do meu corpo sem anestesia. Dizem que o coração de uma mãe aprende a bater fora do peito quando um filho nasce. Naquele momento, eu entendi o que isso significava.
Ele não estava mais comigo. Ele estava em uma sala fria, cercado por luzes fortes, fios, máquinas… E pelo homem que eu amo.
Henry.
Meu marido. Meu porto seguro. E agora… o cirurgião do próprio filho.
Quando a porta do centro cirúrgico se fechou atrás deles, algo dentro de mim cedeu.
Sentei devagar, com medo de que, se caísse de uma vez, não conseguiria mais levantar.
Lua sentou ao meu lado. Não disse nada. Não precisava.
Ela apenas segurou minha mã